Plástico bolha, caixas amplificadas, sistema de captura e processamento de som com microfones de contato e computador
Croquis com possível vista da instalação
Bolha/pipoco é uma instalação que aproveita materiais simples para explorar a tatilidade da experiência da música eletrônica. O imediatismo do ruído das bolhas estouradas é complementado pela resposta do sistema de captura e produção generativa de som, reproduzindo a sonoridade do techno, em especial a do subgênero dub techno. O ruído “pop”, assim como o verbo em inglês “to pop” (estourar p. ex. uma bolha) remetem indiretamente à expressão inglesa “to pop a pill”, usada para descrever o uso recreativo de drogas sintéticas nas culturas relacionadas à música eletrônica de pista. Se as drogas sintéticas usadas nos clubes e pistas amplificam as sensações de quem as toma, a instalação busca amplificar o som do estouro das bolhas e a sensação tátil da experiência deste tipo de música.
Um esboço de como pode soar a instalação, usando uma gravação de plástico bolha sendo estourado, está disponível abaixo:
O plástico bolha deverá revestir o chão do espaço instalativo, e sob ele devem ser instalados microfones de contato que se conectam ao sistema desenvolvido pelo artista usando a plataforma Max/MSP, que roda em um computador escondido do público, que por sua vez alimenta as caixas de som. A folha de plástico bolha deverá ser consumida e substituída diariamente. As dimensões da instalação e o número de microfones de contato instalados poderão variar conforme o espaço expositivo.